quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Coordenador Pedagógico – Seguro x Inseguro




 Certamente, todo (a) professor (a) tem em seu coordenador pedagógico, aquela pessoa que seja capaz de gerenciar ações específicas da prática pedagógica. Consequentemente, acredita-se que professor (a) nenhum (a) ficará desamparado (a) ou desnorteado (a), pois terá alguém para ajudá-lo (a), além, claro, de motivá-lo (a)  a navegar pelo ‘mar revolto’ da educação.


Bem, seria isso o curso normal dessa celeuma toda que toma conta das instituições de ensino quando o assunto é prática pedagógica. No entanto, há momentos e lugares em que essa prática acaba assumindo outro caminho, dando lugar a uma dinâmica pouco saudável para o ambiente de trabalho onde não só os profissionais são atingidos, mas também toda a sua clientela (os alunos). A ‘quebra de braço’ se dá a partir do momento em que o coordenador pedagógico assume uma postura de ‘status’, tornando-se refém do cargo que ocupa.

Acende-se a ‘fogueira da vaidade’! Para o coordenador ‘inseguro’, o ‘seu’ professor ou a ‘sua’ professora não pode e não deve ‘aparecer’ mais do que ele. Se por acaso apresenta boas ideias, não as reconhecem e, o pior de tudo acaba criticando-as de forma tão inapropriada que poda literalmente em ‘seu’ / ‘sua’ comandado (a) a vontade de criar e inovar. Aliás, criação e inovação para esse tipo de coordenador são características detestáveis no (a) professor (a), isso ocorre, simplesmente, porque os holofotes só podem ou ainda, devem  está voltados para ele próprio.

Tão egocêntrico e inseguro, esse tipo de coordenador beira a ‘inveja’ nua e crua, como só ela sabe ser. Invejar um atributo inerente de uma determinada pessoa é tão sórdido que as pessoas que apresentam essa característica não deveriam jamais ter voz ativa. Porém, seus meios ardilosos são tão friamente calculados que uma simples ação ou um breve comentário realizado em um determinado momento são capazes de envolver pessoas em teias piores do que aquelas criadas pelas aranhas para capturar sua presa ‘a mosca’.

E por falar em mosca, veio em minha mente agora o sapo. Situações como essas me remetendo a expressão popularmente conhecida como: ‘engolir sapos’. Pois, quem já os ‘engoliu’ sabe muito bem que o sabor é horrível, além de causar uma má digestão ou ainda doenças extremamente perigosas a nossa saúde física e mental, quando engolidos com tanta frequência.

Ser professor, hoje em dia, competente é complicado. Pois essa competência de nada adianta se não for bem alimentada. E para alimentá-la só tendo, realmente, um coordenador pedagógico altamente seguro de suas ações e de seu papel diante do conjunto de engrenagens que toma conta do sistema de ensino em nosso país.

Mas, para falar com tanta naturalidade e com o alívio que há coordenador pedagógico – seguro – capaz de gerenciar seus professores com um brilhantismo único, além disso, sabe como ninguém alimentá-los adequadamente com ingredientes capazes de desenvolver uma equipe forte e saudável, comprometida com seu trabalho, só mesmo conhecendo-o. Sua leveza, sinceridade e liderança são espelhos no seu agir, espalhar-se nele não é difícil. Inteligente e observador reconhece na sua equipe verdadeiros líderes e passa a dividir com uma trajetória em V como o voo das gaivotas.

Esperamos que esse coordenador ‘seguro’ seja cultivado cada vez mais nos ambientes escolares. Pois o verdadeiro Coordenador Pedagógico programa as ações a serem viabilizadas na formação do grupo para a qualificação contínua e significativa desses sujeitos. Consequentemente, conduzindo mudanças dentro da sala de aula e na dinâmica da escola, produzindo impactos bastante produtivos e atingindo as necessidades presentes. Ele não brinca de faz de conta e é bastante coerente em tudo que faz!


Tatiane Santana de Souza é pedagoga com habilitação em supervisão escolar e com especialidade em Metodologia do Ensino Superior – 21/09/2010 – Salvador-BA.

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